18 de dezembro de 2010

Os Furos do Queijo- Por Nathasha Daberkow


Foto por Mauro Péres. Queijo, pão e ao fundo a boa e velha mortadela com pistachios. Super combinação!

Que enorme paradigma! Oco, vago, vazio e ao mesmo tempo um grito de vida que este elemento nos dá. É como se o fermento, através dos furos, pudesse nos dizer:
- "Algo vive aqui dentro. Há vida nessa massa de leite!"
 
Os furos do queijo, o pulso do leite. A vida no que comemos. A bela e deliosa transformação.
Vida vazia - ócio, espaço em branco, tempo para respirar. Todos merecem os furos do queijo na rotina diária - Façam esse exercício!
 
"Não fazer absolutamente nada é a coisa mais difícil do mundo, a mais difícil e a mais intelectual"      Oscar Wilde

30 de maio de 2010

Comida é Afeto.

   


   Minha lembrança mais remota de ter cozinhado algo, foi ter assado queijo colonial, espetado num garfo sobre o fogão a lenha da minha avó, eu tinha uns 7 ou 8 anos de idade, enquanto passavamos as férias no interior do Rio Grande do Sul. Prá mim, comida é afeto.
   Comida é afeto, isso é inegável, no meu caso, sempre foi. Comecei a cozinhar por causa dos amigos, das namoradas, dos flertes, da familia. A minha maior satisfação como cozinheiro amador foi, em 2006, fazer o bolo xadrez de aniversário da minha avó, Dona Mercedes.E pelas palavras de agradecimento dela eu poderia ter morrido ali, no dia. Não há como descrever o ato de ter feito algo que a emocionou de tal maneira aos 95 anos de idade. Isso já faz tempo, não vou ficar mexendo no passado, é melhor olhar para frente. Eu só queria dizer que comida é afeto. A comida é o que nos torna iguais. Se hoje eu sou um cozinheiro profissional, nem sempre foi assim, e espero, com esse blog, ao falar de comida, distribuir mais afeto. Comida é afeto. 
   Pelo menos para mim.